Sobre ela...




Ela passou a vida observando, as brigas, os risos, as tristezas e as alegrias. Ela teve sorte, não, não, ela teve graça. Ela se escondeu das brigas, se entregou nos risos, que eram mais de desespero do que de alegria, se debateu nas tristezas, como que se fizesse força para não se afogar, ela sobreviveu, ela se reinventou a cada nova dor. Não foi violentada em seu corpo, mas em sua alma, não tenha dúvida que sim. Não foi esmurrada, mas foi abstraída de si. Teve de se achar e de se reconhecer. Ela precisou de coragem e um pouco de covardia para seguir e frente. Ninguém é feito de ferro! Ela fora feita de pedra, mas como diz o ditado "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.". Nada seria capaz de penetrar a pedra, a não ser a água. E foram anos, buscando respostas e encontrando perguntas, por fim, ela juntou mais perguntas e é quase certo que não haja respostas. A vida não foi dura, a vida não é dura, ela é o que tem que ser. As dores na alma? Algumas ficaram com ela, algumas ainda nem doeram, e outras foram levadas com a água que lhe perfurou. Ela ainda irá se reconstruir e se criar, se definir e se achar, a pedra não é tão dura assim, a água há de brotar. Ela vai aprender a tecer o amor, o único que não faz perguntas, porque o amor é resposta!  Ela vai continuar...

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